sábado, 19 de fevereiro de 2011

Cap. 3 - Hoje tem palhaçada!

As semanas passavam e o diário de Carmélia parecia um livro de "Como fazer você chorar rápido". Um belo dia ela jogou fora e esqueceu tudo.
É, eu até queria escrever assim mas,... Um belo dia ela resolveu carrega-lo onde fosse por medo de alguém descobrir, ler, e desvendar todo o mistério que a rodeava, nisso arranjou uma boa encrenca.
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 Diana não morava muito longe de Carmélia, e por isso nos fins de semana as vezez dormiam na casa da outra. Sempre reversavam.
Carmélia - Mãe hoje eu queria dormir na casa da Diana. Chegou um circo lá, e vai embora ja no sabádo num da pra esperar até o fim de semana. E a mãe dela disse que pode levar nós hoje.
A conversa se sucedeu por uns minutos até Ruth cessar. Carmélia podia ir para a casa de Diana quando quisesse só que nos fins de semana, não queria dar trabalho para Iolanda, mas pelo jeito ela estava de férias do trabalho para poder leva-las ao circo.
Ruth - Posso até deixar, mas você vai tomar esse remédio porque ta fazendo muito frio, e você é danada para pegar gripe. Tome antes de dormir, entendeu?

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Jogando as coisas na mochila, Carmélia ficou na dúvida se levaria ou não o diario. Sabia que se Diana o visse iria ficar curiosa e pedir pra ler mas, por outro lado sua irmã estava o tempo todo atras dele para ler. Pensou então que no bolso ficaria seguro, era pequeno o suficiente e ninguém iria revista-la.
Na pressa de arrumar a farda de Carmélia e leva-la, Ruth esqueceu de avisar Iolanda sobre o remédio. A menina tinha um fraco tão grande para gripe, que bastava um vento frio e pronto la estava Carmélia com um lenço no nariz 24 horas.
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Na frente da casa de Diana havia uma praça, e na esquina de la haviam montado o circo, num campo de futebol pequeno que era usado pelos meninos dali. Na vizinhança todos se conhecem , e até nós conhecemos alguém de lá. Roberto morava ao lado de onde montaram o circo, "as vezes da até para escutar os bichos" disse ele às meninas que encontrou sentadas por alí.
O circo só abriria as 17:30 até lá tinha muito tempo, Roberto convidou então as duas para brincar na sua casa. Brincaram de mimica, brincaram de pega, de esconde, jogaram cartas, pega-varetas, tabuleiro e até um jogo que era da avó dele. Distrairam-se muito, e uns até demais.
Iolanda - Vamos banhar meninas , temos que pegar os lugares da frente para ver bem. - As três eram baixinhas.
Roberto - Até mais então, acho que também vou hoje.

Estava tão divertido o dia que parecia não haver aula no outro. Iolanda acompanhou os três ao circo, parecia tudo calmo, engraçado, e bem. Para Carmélia estava maravilhoso.
Aos risos um palhaço mandava todos no circo darem as mãos, enquanto os outros palhaços seguravam o que parecia ser um balde com água. Nesse momento Iolanda se arrependera do lugar à frente que escolheu, e Carmélia sorria de tanta alegria por ter ficado ao lado de Roberto.
O palhaço fez uma contagem regressiva de 10 numeros, a cada um Roberto segurava mais firma a mão de Carmélia que ja tinha o coração na boca. Ao final da contagem os baldes doram derramados nas pessoas, e então sairam papéis. Um chuva linda, nesse inverno tão frio.
Todos de volta sentados e Roberto só agora soltou a mãe de Carmélia, ele não percebeu mas cada segundo que se passou desde que ele segurou-a Carmélia contou, e era como se estivessem tão pertos.

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 De voltas a casa, era como se o dia tivesse passado como um trovão que vem depois de um raio brilhante no céu. Carmélia se sentia tão cansada, que só derá tempo de jantar e tomar uma ducha ligeira caiu a cama sem nem lembrar de guardar direito o diário que ficou no bolso da calça que antes estava vestida. Com Diana não forá diferente, caiu à cama, sem nem mesmo comer nada.
A manhã se dispunha para mais um dia de aula. Carmélia estava com tanta dor, e frio que não levantou com as chamadas de Iolanda, só lembrou agora do remédio, passou o dia todo ao sereno e com todo o esforço físico do dia não poderia dar em outra. Iolanda ficou assustada quando olhou o termometro, 36° de febre não eram brincadeiras. Carmélia não foi levada a escola, mas sim de volta para casa.
Iolanda: Ruth, mil desculpas, mas eu não sei o que forá. Ela parecia tão bem ontem.
Ruth: Tudo bem Iolanda, ela é assim mesmo. Eu esqueci de avisar que ela deveria tomar um remédio, e do jeito que ela esquece as coisas também não lembrou. Obrigada por trazê-la.
Iolanda: Então até, melhoras Carmélia.

CONTINUA...

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